A lenda do guaraná: mito dos índios santeré-maué - Ciça Fittipaldi - Única Leitura

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quarta-feira, 29 de maio de 2019

A lenda do guaraná: mito dos índios santeré-maué - Ciça Fittipaldi




            Dizem que há muito, mas muito tempo atrás, quando os bichos ainda caminhavam como gente, existiam três irmãos, dois eram homens e a irmã. A moça se chamava Onhiamuaçabê, era muito bonita e também chamada Unaí.  
            Unaí, não tinha marido, naquele tempo em que os bichos eram gente, todos queriam casar-se com ela, mas ela não queria se casar, pois cuidava dos irmãos e os irmãos não queriam que ela se casar, pois não teriam mais alguém para fazer as coisas para eles.           Porque só ela conhecia as plantas da região, as de comer, as de fazer remédio, as de fazer cuia, de tirar contas para fazer colar.
            Entre os bichos a cobrinha foi a primeira a se interessar por ela. Todos os dias ela espalhava no caminho um perfume, que alegrava e enternecia o coração da moça.  A moça admirava aquele aroma, e não a cobrinha acreditou que ela estava apaixonada por ele. Então a cobrinha jogou um feitiço na moça, e qualquer alguém, bicho ou gente, já estava casado e gerava um filho.
            E assim aconteceu, a moça engravidou e os irmãos ficaram furiosos, pois ela pensaria somente na criança e os deixaria.  E teriam que dar um jeito naquilo.

            O que será que eles fizeram? Como nasceu o guaraná? Deixe-nos um comentário se você gostou e com o fim desta história.

FITTIPALDI, Ciça. A lenda do guaraná: Mitos dos íntos Santeré-maué. São Paulo: Melhoramentos, 1986.
           

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