Há muito tempo atrás existia uma cidade onde todos os
moradores carregavam pedras. Desde o nascimento eram levados a acreditar que
deveriam carregar pedras, como se fosse uma espécie de obrigação. Quando alguém
nascia, o primeiro presente era uma pedrinha pequenininha com cheiro, para as
crianças irem se habituando e quando estivessem adultas não largasse a pedra
por nada.
Pedrinho que vivia naquela cidade ficava intrigado para saber
o motivo que todos carregavam pedras. Alguns carregavam pedras grandes, outros
levavam medias e tinha uns que eram bem pequeninas, mas elas mudavam de formas.
Havia pessoas que carregavam paralelepípedos, que ao ver da população, era o
pior tipo de pedras existentes, e outros que carregavam pedregulhos.
Na cidade tinha uma menina que não carregava pedra alguma, Pedrinho
foi para casa e logo perguntou ao seu pai, mas ele não soube dizer o motivo de
todos carregarem pedras, até sua mãe que sabia todas as coisas, não soube
responder. Então ele resolveu ir até o seu Pedroso que era o dono da pedreira
local, ele era o mais velho e mais sábio da região.
Seu Pedroso, explicou que as pedras que todos levavam eram
como culpas, medos e tristezas que carregamos. Alguns carregavam grandes,
outras pequenas e outras médias. Mas era tudo uma questão de escolha, pois as
crianças da região recebiam culpas desde que nasciam como não tinham consciência
da situação aceitavam as pedras sem questionar, mas quando crescessem teriam a
oportunidade de escolher se levariam ou deixariam as pedras para trás.
Sabendo disso, o que Pedrinho fez? Será que ele deixou suas
pedras para trás? Deixe- nos um comentário com o fim dessa história. Se gostou,
curta, comente e compartilhe com seus amigos.
BRANCO,
Sandra. A cidade dos carregadores de
pedras. São Paulo: Cortez, 2011.
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